Piracicaba - SP - Brasil
História | Asperctos Geráis | Pontos Turísticos | Cultura e Lazer
HIDROVIA
Voltar                    

RIO PIRACICABA, VETOR DE DESENVOLVIMENTO

Há mais de 200 anos, tropas da Coroa, desbravadores, posseiros e barcos com víveres e armamentos seguiam pelos rios Piracicaba, Tietê e Paraná até a divisa com o Paraguai. Piracicaba surgiu como povoamento de apoio a esses viajantes. A ordem expressa do governo português foi a de criar um povoamento na foz do Piracicaba, porém o capitão-povoador encantou-se com a região do salto e ali fez o assentamento, à margem do rio. Tal decisão teve como consequência a exclusão do povoamento, hoje município, das principais rotas, depois das principais rodovias que cruzam o Estado, mesmo ocupando localização privilegiada pela natureza.

Após 229 anos, o mesmo rio que inspirou o povoamento e deu nome à cidade torna-se o principal vetor de desenvolvimento, passando a integrar a Hidrovia Tietê-Paraná, interligando-a ao porto de Santos, por via férrea, e ao pólo petroquímico de Paulínia. Como marco zero da hidrovia, o porto de Artemis será o Portal do Mercosul.

A Hidrovia Tietê-Paraná

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Estado de São Paulo iniciou a construção de barragens no rio Tietê, para gerar energia elétrica, porém dotadas de eclusas, estas um investimento a longo prazo. Foram gastos, pelo Estado, 1,6 bilhão de dólares em eclusas nos rios Tietê e Paraná, as únicas do Brasil, sem que nada justificasse tal investimento, a não ser uma rara e excepcional visão de futuro.

Em 1991, com a inauguração de Nova Avanhandava, foi colocada em operação comercial a hidrovia. Na mesma época, concretizava-se o Mercosul, o que deu novos valores à navegabilidade, projetando-a até Buenos Aires, na Argentina, e integrando-a ao Paraguai e Uruguai.

Em território brasileiro, os canais principais e secundários da hidrovia somam 1.500 milhas, de Conchas até Itaipú, com capacidade para transportar 12 milhões de toneladas de carga e influência sobre 170 milhões de acres 98,2% do território brasileiro, 300 municípios e 50 milhões de pessoas.

Em 1977, surgiram os primeiros estudos para dar navegabilidade ao rio Piracicaba, viabilizados através da extinta Portobrás. Em 1983, os estudos apontavam para três opções: foz do rio Corumbataí, a 4,5km do centro de Piracicaba; distrito de Artemis a 14,5km; e Sítio Sorocabano, a 24,5km. Todas as opções privilegiavam o município de Piracicaba.

Durante 10 anos, de 1983 a 1993, os projetos permaneceram estagnados. Em 93, o governo municipal passou a investir politicamente na navegabilidade do rio Piracicaba, colocando o porto de Artemis como a solução mais lógica para a interligação da Hidrovia Tietê-Paraná ao porto de Santos. A proposta foi aceita e começou a ser trabalhada tecnicamente a partir do primeiro seminário internacional ao Programa de Desenvolvimento da Hidrovia Tietê-Paraná, realizado em Nova Orleans , EUA, em abril de 1993, reunindo o governo do Estado, Cesp, empresários e estrangeiros.

Em maio de 1995, o governador Mário Covas, a Cesp e o prefeito de Piracicaba, Antonio Carlos de Mendes Thame, finalmente assinaram o protocolo para a implantação de um formidável complexo hídrico e do Plano de Desenvolvimento do vale do Piracicaba.

 

Copyright © [CIAGRI - USP 2003]